Hiroshi Bogéa – O futebol brasileiro, decididamente, a cada ano despensa em abismos por absoluta falta de visão profissional e econômica dos principais dirigentes de clubes.
Já se vão quase 13 meses de uma discussão que nunca chega a um ponto comum, para a criação da Liga de Futebol, única saída para a correção dos males que vem afetando a qualidade de nosso futebol, a ponto da seleção brasileira não conseguir disputar um título da Copa do Mundo, há mais de 20 anos.
Dois grupos disputam para ver “quem ganha mais”, num emaranhado de equívocos que desconsidera, principalmente, os times que lideram as audiências das transmissões esportivas – caminho lógico para a formatação de uma Liga, que no futuro, beneficiará a todos com o aumento da venda de direitos televisivos.
Enquanto isso, os dirigentes dos clubes norte-americanos, configuram uma articulação sensacional buscando aumentar o faturamento de cada um através da contratação do jogador Messi.
Como assim?
O desejo de ter Lionel Messi jogando nos EUA é tanto que os clubes resolveram se unir para ter o argentino como principal nome do campeonato.
Por conta das restrições salariais impostas pela liga americana, os donos dos principais clubes daquele país se reuniram há cerca de seis semanas e chegaram a um acordo para tentar fechar com Messi.
A fórmula escolhida é única.
Os times decidiram que todos iriam pagar uma parte do salário de Messi para que ele pudesse assinar pela MLS. Da mesma forma, o argentino que decidiria onde quer jogar: se quer ficar em Miami, se quer atuar em Los Angeles ou se prefere morar em Nova York.
Num sentido estritamente comercial, os clubes pagariam por um jogador que não teriam no seu plantel, mas que a sua simples presença provocaria um aumento da venda de direitos televisivos.
Com esta fórmula, Messi permitiria dar um importante salto de qualidade para popularizar o esporte nos Estados Unidos, com vistas à organização da Copa do Mundo a ser realizada em 2026.
Messi, por sua vez, ainda não se manifestou sobre o futuro. Sua ideia ainda é continuar a carreira na Europa. O PSG já apresentou uma oferta e está considerando uma segunda. O Barcelona também continua sonhando em incorporá-lo.
Se fosse no Brasil, a briga já começaria para ver por qual clube Messi jogaria, e nunca se chegaria ao final da grande sacada viabilizando a presença do multicampeão argentino valorizando o Campeonato Brasileiro e elevando as rendas dos clubes através dos direitos de transmissão dos jogos. (Foto Clarin)