O depoimento do advogado Rodrigo Tacla Duran, marcado para a próxima segunda-feira, 27, pode provocar reboliço no Congresso Nacional.
O advogado recebeu intimação encaminhada pelo juiz Eduardo Appio, da 13ª Vara Federal Criminal de Curitiba, para prestar esclarecimentos, por meio de videoconferência.
Réu da Lava Jato pelo suposto crime de lavagem de dinheiro para a empreiteira Odebrecht, Duran, deve explicitar sua acusação contra o ex-juiz e senador Sérgio Moro (União/PR) na condução da Operação.
Nos últimos anos, o advogado espanhol denunciou supostos pedidos de cerca de cinco milhões de dólares em propina do advogado Carlos Zucolotto Junior, amigo íntimo do casal Moro, para ajudá-lo em processos da Lava Jato.
Além disso, Duran admitiu, às autoridades da Suíça, que fez pagamento ao advogado Marlus Arns, que já foi “sócio” de Rosângela Moro e Zucolotto para “não ser preso”.
A intimação ocorreu após o juiz Appio revogar a ordem de prisão preventiva de Duran, em que derrubou uma ordem judicial de prisão expedida contra o advogado por Moro.
Na manhã deste sábado, 25, Rodrigo Tacla Duran, postou em sua rede social um recado, que está sendo interpretado como ameaça ao senador do União Brasil-PR, ex-juiz da Lava-Jato (acima).
A mensagem diz: “é preciso compreender que sempre foi oportunista, vil, rasteiro, parcial, e atuou ´just in time´ para eliminar o inimigo. Agora fica marrequeando que quer respeito. Não adianta, a lei do retorno, do mundo que capota, etc, é infalível”. (Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado | Reprodução)
