Agora é pra valer: o Ministério Público Federal em Brasília decidiu investigar se ex-presidente e ex-primeira-dama cometeram crime contra a administração pública ao tentar ficar com presentes milionários.
Anunciado na tarde desta sexta-feira, 17, a abertura de uma notícia de fato, ou seja, uma apuração preliminar para saber se ocorreu o crime de peculato no caso envolvendo a entrada de joias sauditas no Brasil, em que os personagens são o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro.
Como vem sendo amplamente divulgado pela imprensa brasileira e internacional, Jair Bolsonaro teria se articulado para tentar reaver as pedras preciosas avaliadas em R$ 16,5 milhões, enviadas ao Brasil como presente para a então primeira-dama.
Os objetos foram dados pelo governo da Arábia Saudita após visita oficial do então presidente ao país.
No entanto, ficaram presos na barreira alfandegária do Aeroporto de Guarulhos por não terem documentação necessária para serem liberados.
Um segundo lote de presentes de alto valor está em poder de Bolsonaro. Ele deve entregar os itens por determinação do Tribunal de Contas da União (TCU).
O MPF abriu investigação inicial após uma Provocado através de uma solicitação da deputada federal Luciane Cavalcanti (PSol-SP), o MPF decidiu abrir a investigação inicial.
O crime de peculato ocorre quando um funcionário público se apropria ou desvia dinheiro ou bem no qual ele só teve acesso em razão do cargo. (Foto: Sergio Lima / AFP)
