Ao contrário do que previam especialistas, a TV aberta está mais viva do que nunca.
As previsões para a sua sobrevivência eram sombrias, com o surgimento da TV por assinatura e o serviço de streaming.
Dados levantas nos últimos meses pelo instituto Kantar mostram o contrário
A TV aberta continua demonstrando seu fôlego junto ao público, a despeito das velhas e novas plataformas de conteúdo em vídeo.
Segundo dados consolidados da Kantar Media, no mês passado a maioria das TVs abertas registrou um pequeno ganho de público (“share”).
A comparação é feita com o mês anterior, janeiro.
Os dados são do consumo nacional, 24 horas por dia, em todos os aparelhos dentro de uma residência: TVs, SmartTVs, celulares, tablets e computadores.
Repetindo, só está sendo medido o consumo dentro dos domicílios.
Os planos da Kantar são de alongar essa medição no futuro também para o consumo fora de casa (das pessoas das famílias monitoradas, claro).
Uma exceção na TV aberta foi o SBT, que registrou pequena queda no mês passado (veja os números ao final do texto).
Queda sazonal
Por outro lado, o consumo de plataformas de compartilhamento de vídeos (YouTube) e de streaming, assim como a TV por assinatura registraram uma pequena e rara queda, conforme revela o colunista Ricardo Feltrin, especializado em televisão.
“Rara” porque, aparentemente, essas plataformas continuam a crescer ano após ano, embora de forma bem menos acelerada nos últimos 12 meses, na comparação com anos anteriores que marcaram a “explosão” de consumo nesse serviço – diz o analista.
Além disso, a audiência do YouTube no Brasil (em “share”) só é menor que a da Globo. Já a Netflix, por exemplo, tem cinco vezes mais público que o Globoplay.
A TV paga continua perdendo público, embora sua participação (11,8% do share) ainda seja bem maior que os serviços de streamings somados (7,1%), mas sem YouTube.
Porém, a TV por assinatura continua com um público bastante fiel e resiliente à queda da base de clientes que vem ocorrendo desde o final de 2014. (Foto Ilustração banco de imagem google)
Veja os números (fevereiro x janeiro)*.
1º Globo – 33,7% (+4%)
2º Streaming + Youtube – 21,8% (-4%)
3º TV paga – 9,1% (-5%)
4º RecordTV – 10,6% (+2%)
5º SBT – 8,3% (-4%)
6º Band – 2,0% (0%)
7º RedeTV – 0,7% (+13%)