24 horas depois, Flávio Dino volta atrás e retira indicação de Edmar Camata para comando da PRF

O futuro ministro da Justiça do governo do presidente eleitor Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o senador eleito Flávio Dino (PSB-MA) voltou atrás e anunciou que não vai mais nomear o policial rodoviário Edmar Camata para o comando da Polícia Rodoviária Federal (PRF).

“Estamos fazendo uma substituição do diretor da PRF. Nós tivemos uma polêmica e entendemos que seria mais adequado a substituição. A nova indicação será para Antônio Fernandes Oliveira, policial rodoviário federal”, disse Dino a jornalistas.

O nome de Camata gerou polêmica entre apoiadores de Lula e do futuro governo após ressurgirem notícias de que ele foi apoiador da Operação Lava Jato e da atuação do ex-juiz Sergio Moro (União Brasil-PR) à frente do Ministério da Justiça.

Além disso, ele chegou a defender a prisão de Lula.

Sobre o que chamou de “situações pretéritas”, Dino afirmou que foi feito um questionamento sobre a existência de condições políticos para liderar a equipe. “Nós precisamos de foco”, afirmou.

O anúncio de Camata aconteceu na terça-feira (20), no mesmo dia em que o presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), exonerou do cargo o então diretor-geral da PRF, Silvinei Vasques, que é réu na Justiça Federal, acusado de improbidade administrativa por ter pedido votos para Bolsonaro durante a campanha.

Vasques também se envolveu em polêmica após as operações da PRF em rodovias em 30 de outubro, dia do segundo turno das eleições presidenciais, que atingiram especialmente estradas do Nordeste, contrariando decisões do presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes.

Logo após a exoneração, Vasques ganhou novo cargo, no Programa Nuclear Brasileiro, compondo a Comissão de Coordenação da Proteção ao Programa Nuclear Brasileiro.

Flávio Dino indicou que no futuro governo, Vasques não deve ser mantido na função. (Foto redes sociais)

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