Alexandre Padilha assume o cargo de ministro da Saúde nesta segunda-feira (10). Ele já exerceu essa função de 2011 a 2014 e volta com a responsabilidade de fortalecer o Sistema Único de Saúde (SUS) e lidar com questões como o financiamento da saúde pública e a expansão de iniciativas sociais.
Embora tenha experiência e uma relação próxima com Lula, Padilha lida com a oposição do Centrão, que exige maior participação política no governo. Suas capacidades de negociação serão fundamentais para contornar as disputas políticas e assegurar a estabilidade no setor da saúde.
A escolha de Padilha gerou uma reação positiva entre os apoiadores de Lula, que ressaltaram sua habilidade em negociações políticas e sua experiência em gestão. Por outro lado, algumas partes do Centrão expressaram descontentamento com a decisão, alegando que a representação política na pasta não é adequada para atender às necessidades do grupo, conforme reportado pelo jornal O Globo.
Padilha destacou que suas principais metas envolvem aumentar o acesso a medicamentos, melhorar a atenção primária à saúde e consolidar iniciativas como o Mais Médicos. Ele ainda ressaltou a urgência de aumentar o orçamento destinado à saúde e promover uma distribuição mais justa dos recursos federais entre as diferentes unidades da federação. “Estamos comprometidos em fortalecer o SUS para que ele possa atender de forma eficaz às demandas da população”, declarou o novo ministro.
A vivência de Padilha em negociações políticas será testada frente às pressões do governo e às exigências do Congresso. Sua conexão próxima com Lula pode servir como um trunfo, possibilitando ao ministro a flexibilidade necessária para dialogar com diversas vertentes políticas. Entretanto, o Centrão já indicou que deseja vincular seu apoio a iniciativas na saúde à expansão de cargos e poder dentro do ministério. (Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil)
