Vários veículos da Tesla, companhia fundada por Elon Musk, foram consumidos pelas chamas entre domingo (2) e segunda-feira (3) em Toulouse, localizada no sul da França.
Imediatamente após o incêndio que consumiu vários veículos da Tesla, a polícia da região declarou de forma enfática que se tratava de um “ataque coordenado”. Sua afirmação estava correta: anarquistas reivindicaram a responsabilidade pela ação.
Na terça-feira (4), um coletivo anarquista declarou ser responsável pelo incêndio e divulgou um manifesto no site lata.info (Informações Antiautoritárias de Toulouse e Região) com o título “Saudação Incendiária à Tesla”. No documento, eles afirmam que os carros foram queimados “dentro das instalações utilizando dois galões de gasolina”.
Os anarquistas expressam suas objeções às tendências nazistas associadas a Elon Musk. “Enquanto as elites fazem referências nazistas, escolhemos prestar homenagens a uma concessionária Tesla à nossa própria maneira […] o ativismo antifascista que rejeita a ideia da democracia e a ecologia radical que duvida da eficácia de soluções tecnológicas”.
“Por meio desta ação, nos unimos ao movimento conhecido como ‘Saudações à primavera, queime um Tesla’, parte de uma campanha global contra a Tesla, que se estende da Alemanha aos Estados Unidos e, de maneira mais ampla, ao enfrentamento anarquista”, prossegue o relato dos autores do ataque.
Após a divulgação do manifesto, diversas convocações para atear fogo em veículos da Tesla apareceram nas mídias sociais. As autoridades francesas informaram que estão apurando as pessoas que promovem “ato de vandalismo e danos ao patrimônio”. (Foto: Reprodução redes sociais)