“Rombo das estatais”, citado pela Folha, não passa de fake news – diz ministra

De acordo com a ministra da Gestão, Esther Dweck, o  jornal Folha de S. Paulo, que é a favor da privatização de todas as estatais, veiculou neste sábado, 28,  uma informação falsa sobre a situação das empresas públicas durante o governo Lula na matéria “Sob Lula 3, déficit de estatais atinge recorde em 15 anos”.

A desinformação se torna evidente, conforme a ministra, logo no começo da matéria, quando a Folha define os critérios utilizados na análise.

Os anos de comparação são a partir de 2009, quando o BC deixou de incluir a Petrobras e a Eletrobras, pois essas grandes empresas podem distorcer os dados. Os bancos públicos também não são considerados, já que, devido à sua natureza, não são comparáveis a empresas do setor não financeiro“, afirma o jornal.

Tanto a Petrobras quanto os bancos públicos, que foram excluídos do cálculo da Folha, têm se destacado não apenas pelos lucros bilionários, mas também por apresentarem um bom modelo de governança. “No ano de 2023, as 44 empresas estatais federais e suas subsidiárias alcançaram um lucro líquido de R$ 197,9 bilhões e repassaram R$ 49,4 bilhões em dividendos e Juros sobre o Capital Próprio ao Tesouro Nacional, além de mais R$ 78,7 bilhões para acionistas privados”, informou a ministra da Gestão, Esther Dweck, em comunicado à Folha.

A afirmação de que as empresas estatais federais enfrentaram um processo de degradação durante o terceiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva“, mencionada no início da reportagem, é, em realidade, incorreta e busca alcançar dois fins: promover a privatização de companhias significativamente rentáveis, como a Petrobras e os bancos estatais, que não estão incluídos na lista, e propagar informações falsas de grupos de extrema-direita nas plataformas sociais.

 

Lucro bilionário do BNDES contradiz fake news da Folha

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) apresentou, em seu mais recente relatório, o terceiro desempenho mais expressivo do sistema financeiro do Brasil, com um lucro líquido recorrente de R$ 9,8 bilhões e um índice de inadimplência de apenas 0,001%. Esses dados desafiam a alegação de rombos nas empresas estatais, frequentemente promovida por grupos que apoiam sua privatização.

O jornal Folha de S. Paulo, que tradicionalmente apoia a privatização de empresas estatais, veiculou uma matéria no último sábado com o título “Sob Lula 3, déficit de estatais atinge recorde em 15 anos”. No conteúdo, a publicação reconhece a exclusão da Petrobras e da Eletrobras do cálculo devido à sua grandeza, além de omitir bancos públicos, justificando que não são comparáveis a empresas não financeiras. No entanto, o BNDES reportou lucros na casa dos bilhões e irá fortalecer a situação fiscal do governo ao destinar mais de R$ 25 bilhões ao Tesouro Nacional neste ano.

Os dados mais recentes apresentados pelo BNDES indicam um crescimento significativo em várias áreas. No período de janeiro a setembro deste ano, as aprovações de crédito da instituição alcançaram R$ 137,4 bilhões, representando um aumento de 108% em comparação ao mesmo intervalo de 2022. Além disso, as consultas totalizaram R$ 258,9 bilhões, uma alta de 153%, enquanto os desembolsos somaram R$ 87 bilhões, refletindo um incremento de 38% em relação ao ano anterior. Esse desempenho positivo também se evidenciou no suporte às micro, pequenas e médias empresas (MPMEs), com aprovações que chegaram a R$ 64,9 bilhões, um crescimento de 69,5% em relação ao mesmo período de 2022, que registrou R$ 38,3 bilhões.

A situação das empresas estatais durante o governo Lula é um aspecto que contradiz a perspectiva privatista da Folha. A ministra da Gestão, Esther Dweck, destacou em uma declaração ao periódico: “No ano de 2023, as 44 estatais federais e suas subsidiárias acumularam um lucro líquido de R$ 197,9 bilhões e repassaram R$ 49,4 bilhões em dividendos e Juros sobre o Capital Próprio ao Tesouro Nacional, além de outros R$ 78,7 bilhões para acionistas privados”. Essa declaração reforça a ideia de que as empresas públicas estão apresentando resultados robustos e dividendos significativos, evidenciando uma gestão eficaz e um retorno financeiro sustentável. (Foto: Pedro França/Agência Senado)

 

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