Estados Unidos lançam primeira missão à Lua em mais de 50 anos

Os Estados Unidos lançaram, nesta segunda-feira (8), o primeiro foguete rumo à superfície da Lua em mais de 50 anos.

O foguete Vulcan Centaur, desenvolvido pela United Launch Alliance (ULA), decolou com sucesso da base de lançamentos em Cabo Canaveral, na Flórida, transportando o módulo lunar Peregrine 1, da empresa Astrobotic Technology.

O Peregrine 1 realizará uma viagem de 46 dias até a Lua. O pouso está previsto para 23 de fevereiro em uma região de latitude média chamada Sinus Viscositatis, ou Baía da Aderência.

A bordo da Peregrine 1 estão diversos equipamentos científicos que vão analisar os níveis de radiação e a composição da superfície lunar, como parte da preparação para o envio da primeira leva de astronautas à Lua desde 1972, quando foi realizada a última missão tripulada do programa Apollo.

A bordo ainda estão cinco instrumentos científicos da Nasa e outras 15 cargas úteis de diversas organizações e países. As cargas comerciais no módulo incluem recordações e até restos humanos que clientes pagantes haviam contratado para serem transportados até a superfície lunar.

 

Problemas

Apenas algumas horas após ser lançado, o primeiro módulo lunar dos EUA a decolar em cinco décadas ficou por algumas horas em perigo.

“Infelizmente, uma anomalia ocorreu, impedindo a Astrobotic de alcançar uma orientação estável voltada para o sol”, publicou a empresa no X (antigo twitter) às 11h37 (horário de Brasília). “A equipe está respondendo em tempo real à medida que a situação se desenrola e fornecerá atualizações à medida que os dados forem obtidos e analisados.”

Uma posição voltada para o sol é geralmente necessária para fornecer energia solar para carregar as baterias de uma espaçonave.

Em uma atualização, a Astrobotic acrescentou que acredita que a causa provável do problema “é uma anomalia de propulsão que, se comprovada verdadeira, ameaça a capacidade da espaçonave de pousar suavemente na lua.”

Os controladores da missão “desenvolveram e executaram uma manobra improvisada para reposicionar os painéis solares em direção ao sol”, de acordo com a empresa. “Pouco depois dessa manobra, a espaçonave entrou em um período esperado de perda de comunicação. Forneceremos mais atualizações conforme o Peregrine estiver novamente visível na estação terrestre.”

Às 14h34 (horário de Brasília), a Astrobotic divulgou que o problema foi contornado.

“Conseguimos restabelecer com sucesso a comunicação com o Peregrine após o blackout de comunicação. A manobra improvisada da equipe foi bem-sucedida ao reposicionar a matriz solar do Peregrine em direção ao Sol. Atualmente, estamos recarregando a bateria. O Conselho de Anomalias da Missão continua a avaliar os dados que estamos recebendo e está analisando o status do que acreditamos ser a causa raiz da anomalia: uma falha no sistema de propulsão”, disse a empresa em um comunicado. (Foto: Reprodução)

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