Alexandre de Moraes é hostilizado e filho agredido em aeroporto na Itália

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes foi hostilizado por um grupo de brasileiros no aeroporto internacional de Roma, na Itália e o seu filho agredido fisicamente. O caso ocorreu na sexta-feira (14).

Alexandre de Moraes foi atacado por três brasileiros por volta das 18h45 no horário local. Uma mulher identificada como Andréia xingou o ministro de “bandido, comunista e comprado”. Esses termos costumam ser usados por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) contra integrantes da Suprema Corte.

Na sequência, um homem identificado pela Polícia Federal (PF) como Roberto Mantovani Filho reforçou os xingamentos e chegou a agredir fisicamente o filho do presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Um outro homem identificado como Alex Zanatta Bignotto se juntou aos dois agressores disparando palavras de baixo calão. Os dois são empresários de São Paulo.

As informações foram confirmadas por interlocutores da PF e do Ministério da Justiça. Em razão do trabalho, Alexandre de Moraes tem a segurança pessoal, no Brasil e no exterior, garantida por policiais federais e do Supremo Tribunal Federal (STF).

Procurado pelo Estadão, Mantovani disse que não gostaria de comentar o episódio antes de prestar depoimento à Polícia Federal para não comprometer a sua situação diante das investigações e evitar o que chamou de “revanchismo”.

Apesar de apontado como quem agrediu o filho do ministro do STF, ele disse considerar que o ocorrido “não foi nada extraordinário”.

“Na minha opinião não foi nada de tão extraordinário. Não gostaria de comentar nada para evitar, sabe, ódio, um revanchismo. Não gostaria disso nesse momento. Não gostaria de fazer nenhum comentário até que possa saber aquilo que eles possam dizer que eu fiz”, disse Roberto Mantovani Filho, empresário investigado por hostilizar e agredir família de Alexandre de Moraes.

Moraes estava acompanhado de seus familiares no aeroporto. O ministro retornava da Universidade de Siena, onde realizou uma palestra no Fórum Internacional de Direito.

“Eu só vi o ministro. Ele estava para entrar numa sala VIP. Eu passei por ali. Houve ali uma pequena confusão de alguns brasileiros, alguns foram embora e quem pagou o pato fomos nós, mas tudo bem, a gente tem que aguardar”, completou Roberto Mantovani.

Os envolvidos foram identificados pela PF no Aeroporto de Guarulhos, mas não foram detidos. Eles serão investigados em inquérito por crimes contra honra e ameaça. (Foto: Divulgação/ STF)

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