NA ÁREA
O empresário Luiz Omar, ex-presidente do Payssandu, vem sofrendo forte pressão de amigos para entrar na arena política. Mais precisamente para disputar a prefeitura de Belém, no próximo pleito. Conhecido como um gestor com estilo bem povão, Luiz Omar seria um nome novo numa disputa que promete ser das mais animadas, com alto grau de pulverização de candidaturas.
DISPOSTO
Quem também revela disposição para enfrentar a disputa eleitoral na capital é o delegado João Moraes, presidente do Sindicato dos Policiais Civis e ex-delegado Geral da corporação. Bastante atuante nas redes sociais e na vida sindical, ele sente-se desprestigiado no grupo político do governador Helder Barbalho e pode procurar novos ares para enfrentar o cenário que se avizinha.
DILEMA
Tanto Luiz Omar (foto abaixo) como o delegado Moraes enfrentam um dilema. A falta de partidos disponíveis para que apresentem suas candidaturas. Numa disputa na capital e em grandes municípios é fundamental que a legenda tenha tempo de televisão e, de preferência, fundo partidário e eleitoral para ajudar a bancar as altas despesas. Com as novas regras eleitorais, que retiram essas vantagens de partidos que não superaram a cláusula de barreira, restam apenas 14 partidos ou federações nessas condições.
ROLO COMPRESSOR
Na base de apoio do governo Helder Barbalho, atualmente, estão nada menos que 10 dessas legendas. Federação PT/PCdoB/PV, Federação PSDB/Cidadania, MDB, PP, Republicanos, PSD, PDT, PSB, União Brasil e Podemos. Na oposição estão apenas o PL e o Avante. O Solidariedade, que se fundiu com o Pros e cumpriu a cláusula de barreira, está sob o comando do prefeito de Ananindeua, Daniel Santos. Já a Federação PSol/Rede depende dos projetos do prefeito de Belém, Edmilson Rodrigues, caso continue no partido.
SUPOSIÇÕES
Há quem diga que o prefeito Edmilson Rodrigues pode migrar para o PT, o que deixaria o PSol em condições de se assumir como oposição pela esquerda. Mas caso isso não ocorra, o prefeito da capital espera o apoio do governador para facilitar sua reeleição. Portanto, ficará na sua base de apoio. Já o Avante, nas mãos do deputado bolsonarista Wescley Tomaz, pode se tornar oposição, mas também existe a hipótese de ser atraído para algum tipo de composição com o governador.
PEQUENOS
Não atingiram a cláusula de barreira e ainda não tiveram nenhum tipo de fusão ou incorporação autorizada pela Justiça Eleitoral, o PTB e Patriota (que esperam decisão do TSE), Agir, DC, PCB, PCO, PMB, PMN, PRTB, PSTU e UP. Esses partidos, que não vão dispor de tempo de televisão e fundo partidário, terão muita dificuldade para disputar nas capitais e grandes municípios. Devem se apresentar como alternativa nos pequenos municípios, onde a propaganda eleitoral gratuita não é exibida.
DESFILIAÇÃO
Senador Zequinha Marinho, como antecipou esta coluna, anunciou seu afastamento da presidência do PL, mas ainda não se desfiliou. Está aguardando negociações que sejam mais vantajosas para definir seu futuro. No entanto, é fato que vai sair. Se for para o Podemos, como está sendo especulado, é possível que esse partido saia da base de apoio do governador. Mas já não parece tão fácil como no início da semana passada.
NANICO
Dentro desse contexto soou como amadorismo a filiação do delegado federal Everaldo Eguchi ao PTB, semana passada. O partido não superou a cláusula de barreira, não terá tempo de televisão e nem fundo partidário. Como se sabe, Eguchi alimenta o sonho de ser candidato a prefeito de Belém nas próximas eleições.
FANTASIA
O sonho é ainda maior porque aposta que o PL, principal partido da oposição e com o maior tempo de televisão, vai indicar o seu vice. Eguchi saiu do PL praticamente pela porta dos fundos e o principal partido bolsonarista não pretende abrir mão de ter uma candidatura raiz para disputar a prefeitura de Belém, ainda mais sob o comando do deputado federal Eder Mauro, que assumiu a presidência da sigla com a renúncia de Zequinha Marinho.
CONSTRANGIMENTO
O mico se tornou ainda maior depois que o deputado midiático e humorista Bob Flay (foto acima), único eleito pelo PTB para a Alepa, deixou claro que a candidatura de Eguchi depende da disposição dele, Bob, de ser ou não candidato. Por mais que seja uma brincadeira do humorista e não uma fala do deputado, é como se estivesse dizendo que o novo filiado tem menos potencial que ele para ser candidato a prefeito de Belém. Constrangedor!
COLATERAL
Ao mesmo tempo, a filiação açodada provocou um efeito colateral negativo em suas pretensões de disputar a prefeitura. Perdeu a simpatia da poderosa Igreja do Evangelho Quadrangular, comandada pelo experiente e respeitado pastor Josué Bengtson (foto abaixo). Explica-se: Josué foi retirado da presidência do PTB sem sequer ser comunicado, depois de ter dedicado boa parte de sua vida a organizar o partido. Ao se filiar ao PTB pelas mãos de quem a tirou de Bengtson, Eguchi perdeu o seu possível apoio.
BOLETO
A bem da verdade, o ex-deputado Márcio Miranda, que assumiu a presidência estadual do PTB, depois do fato consumado, ligou para o pastor Josué Bengtson, convidando-o para ficar no partido. Bem ao seu estilo, educado e franco, Bengtson agradeceu e solicitou que o novo comandante da legenda apanhe com ele o boleto de pagamento de vultosas dívidas que a legenda tem, que foram parceladas e que ele vinha pagando com recursos próprios.
NU
Ex-prefeito da região do Xingu, que pilotava uma articulação para aproximar Everaldo Eguchi do governador Helder Barbalho, com o consentimento do chefe do Executivo e a anuência do delegado, ficou boquiaberto com a decisão. Ficou nu, com as mãos no bolso.
BINGO
Conforme antecipou esta Coluna, o ex-prefeito Jeová Andrade (MDB), suplente de deputado estadual, prepara sua tropa para disputar a prefeitura de Canaã dos Carajás nas fileiras bolsonaristas. Sua esposa, Waina Andrade, deixou o MDB e assumiu a presidência do PL local, sob as bençãos dos deputados Eder Mauro e Delegado Caveira.
SUCESSO
Que a semana se inicie com votos de paz e sucesso a todos e todas!