O governo do presidente Lula falará pela primeira vez sobre as escolas cívico-militares em uma comissão do Congresso.
Está marcada para a segunda-feira (10) audiência da Comissão de Educação, quando o ministro Camilo Santana tratará do tema, abordando a extinção, pelo governo Lua, da Diretoria das Escolas Cívico Militares, que era responsável pela organização das escolas.
O fim da diretoria foi uma das primeiras ações do governo Lula, determinada no início de janeiro. O governo, contudo, ainda não deixou claro se as escolas já abertas neste modelo serão mantidas.
O PT, partido de Lula, é contrário à manutenção do modelo, o que ficou expresso em um relatório do grupo de educação durante a transição de governo.
Atualmente, existem 215 escolas seguindo o modelo cívico-militares até o ano passado, de acordo com dados do Ministério da Educação.
Segundo o MEC, essas escolas já estão implementadas ou em fase de implementação.
Elas estão espalhadas em todas as unidades da federação, que acabaram por aderir ao programa junto ao MEC.
Sob a antiga gestão de Bolsonaro, a meta do MEC era implementar 216 escolas neste modelo até 2023, mas os planos foram suspensos tão logo Lula assumiu o governo.
O programa, criado por meio de decreto em 2019, prevê a atuação de militares nas escolas públicas no apoio à gestão escolar e à gestão educacional.
O trabalho didático-pedagógico permaneceria sob o comando de professores. ( Foto: Renato Alves/Ag. Brasília)